Uma (quase) declaração.



Como começar? Boa noite? Olá? Oi? Mateus? Não sou boa em apresentações mesmo. Vamos direto ao ponto.
Eu nunca fui boa com palavras que saem da minha boca, certo? Mas é que existem tantas coisas para serem ditas, e que no momento certo e na hora da verdade, quase nunca dizemos por medo de magoar outras pessoas. Guardamos tudo em um cofre desbotado no fundo do coração, mas não esquecemos. Apenas o deixamos lá no seu canto.
Bom, eu não sou a melhor pessoa para escrever coisas que tenho vivido, aliás, há muito mais de Anne em mim do que eu em Anne. As coisas que escrevo, geralmente é a Anne e as outras pessoas que estão ao meu redor. Se dependesse de mim, eu não escreveria nem uma vírgula sequer. Não saberia colocar as coisas no lugar em que deveria estar, assim como não sei colocar as vírgulas.
Motivo pra escrever este texto, eu realmente possuo vários. Mas é que hoje já é dia 16 e depois de amanhã, faríamos dez meses de namoro que se passaram tão rápido, certo? Foram nesses dias que eu comecei a te conhecer.
Fico lembrando, daqueles momentos em que só a gente sabe e que nenhuma outra pessoa deve saber. Aqueles momentos bons, esquecendo todos os momentos ruins e negativos.
Lembro, de todos os dias que você me fez sorrir. E que a gente veio caminhando bem devagar conversando e brincando daquele jeito que só a gente sabe. Dos dias em que você me fazia chorar de tanta raiva, aliás, isso é normal para um relacionamento, não é?
Independentemente, eu sei que um texto com as vírgulas nos seus lugares, não pode corrigir todos os meus erros. Eu errei como namorada, eu errei como amiga. Deixei-te (rá, tá vendo? Aprendi com o Lucas que não se pode iniciar a frase com pronome oblíquo.) tantas vezes de lado que me esqueci, de que era eu quem precisava de você. Mas é porque a cada dia que passa, eu fico me imaginando daqui a alguns anos. Eu penso no meu futuro, e na maioria das vezes você imaginando comigo. Como deixar alguém assim? Alguém que faz de tudo para que eu seja feliz e me ajuda e apesar de ser bem cabeça dura às vezes.
Talvez eu não tenha te dado a atenção suficiente que você precisa, dando espaço suficiente para que algo comum para tantas pessoas, entrasse meio espremido aqui.
Tem dias que eu sinto que eu não te ajudei o suficiente. Que eu, ou nós poderíamos ter nos esforçado mais. E realmente poderíamos. Mas é sempre bom deixar o passado como exemplo do que se possa acontecer no futuro.
Uma coisa que não te contei é que meu sonho era ter uma menina chamada Dominique. Será que ainda dá tempo de colocar ela nos nossos planos? rsrs’
Eu quero muita coisa para mim sim. Mas eu quero ser a pessoa que te incentiva todos os dias da sua vida. Aliás, você é o único que atura todos os meus ataques de mudança repentina de humor.
Eu quero sentar na grama de Paris, olhando a Torre Eiffel sozinha, quando de repente, chega alguém que arranca um sorriso do meu coração. Já dá até pra saber quem é, né?
Eu quero beber o meu café expresso no Harley (que eu nem sei onde fica) com você do meu lado. Pode ser no Starbuck’s que é meu sonho, também. Tem como? Café quente + comida (de preferencia coxinha) + livro + você = que munitinho !
Quero jogar os meus jogos “de gente doida” com você. Xingando e brigando quando você ganha e fazendo muita comemoração quando eu ganho e você fica com essa cara de besta, igual cachorro sem dono, mas que já tem dona…
Nós dois gordos, no futuro, eu uma futura Analista de Sistemas, cheia de coisas para fazer e com livros enormes para preparar, você um Freestyler Internacional que cuida de mim como deve ser.
E assim a gente vai levando. O que passou, na verdade, não passou. Geralmente fica gravado na memória. Eu chorei muito esses dias. Eu me perguntei qual era o caminho certo, e na maioria das vezes eu pedi pra Deus me levar de uma vez, pensando que a melhor forma de parar com isso tudo de uma vez. Felizmente não era a minha hora. E se depender de mim eu quero que demore bastante.
Eu quero poder aproveitar cada momento de minha vida com uma pessoa que não me deixe por causa de um programinha com os amigos. Eu quero alguém que por mais que não goste de ler, me deixe ler na hora que eu quiser e sentir vontade, que me deixe contar as histórias, de todos os livros que eu li de todos os personagens que me encantaram, e que me faça escrever mais e mais, crônicas que não falam de amor, mas que falam de um sentimento maior ainda, a amizade entre um casal.
Eu quero te abraçar, sem sentir vergonha das outras pessoas que estão passando por nós. Eu quero relembrar quando o meu coração era seu, e ainda é, se você quiser.
Eu quero, eu e você, nós, daqui uns anos. Vivendo as músicas e as coisas como o Guilherme de Sá e a Pamella Gallo. Viajando para vários lugares. Vamos pra onde tivermos a oportunidade de ir, mas eu só vou se estivermos juntos e além de tudo, estivermos felizes. Aliás, a felicidade basta né?
Eu demorei pra entender, mas acho que agora eu consegui dizer tudo o que ficava entalado na garganta e escorrendo pelo olho. E essas, com toda a certeza, não são as melhores vírgulas da Anne, são as palavras verdadeiras de certa Geissiane.







Ps.: Foi o maior texto que escrevi até agora.




Eu te amo.

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