O meu amanhã



Eu sempre me inspirei em coisas da vida cotidiana para escrever. É sempre uma coisa que está guardada no meu peito, fazendo uma bola na garganta que dói e fica parecendo que há algo engasgado, principalmente quando eu me lembro de algo indevido. Eu começo a escrever com um sentimento de aflição e termino com alívio. O melhor, é que as pessoas, começam a vestir a carapuça das minhas palavras. Chega a ser até algo engraçado.

Antes eu afogava as minhas mágoas em um pacote de balas azedinhas, ou então comendo tudo o que eu tinha na geladeira. O que acontece também quando eu fico muito ansiosa e nervosa. A única sorte, era que eu nunca engordava, porque se não, eu já estaria sendo usada como roda de caminhão monstro.

Nunca fui dessas de pensar no amanhã. Penso no hoje, amanhã eu resolvo depois. Juntos. Eu e você. E na maioria das vezes que escrevia, era pra jogar diretas e indiretas pra tantos cicranos e fulanos por ai que passam na sua vida e ficam na porta, nem entram, nem saem. Mas você não tá nem ai, porque os ama. E quando ama, ama até o fim.

Eu nunca estive nem ai por toda essa bagunça que você fazia na minha vida, e olha que você foi a que mais a bagunçou. E pra falar a verdade, eu não tô nem ai se um dia você não me fizer feliz. Eu te quero aqui hoje, te quero amanhã e quero agora, mas nem tudo é tão fácil assim. Há muito mais pingos nos "is" que devemos ter.


Mas essa de hoje não é indireta ou direta. Essa de hoje é pra dizer que eu sempre disse o que queria dizer, e não me arrependo de nada do que eu fiz, e de nada que eu amo.


- Geissiane Aguiar

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