Uma crônica anacrônica



     Nesse exato momento estou sentada em frente aquela lanchonete que eu gostava. Sabe, tanta coisa mudou. Eu mudei. E é assim que as coisas são; você muda para se adaptar a tantas coisas que te fazem mal. Hoje eu sei que as pessoas crescem com seus erros e com suas atitudes. Não adianta querer que elas deixem de cometer erros, pois isso acaba virando uma bola de neve que depois vai acabar batendo em uma arvore como nos desenhos animados.
     Nunca encontrei perfeição nas minhas escolhas ou nos meus atos, reconheço que sou insuportável e que as vezes, prefiro ficar sozinha pelo simples fato de não querer magoar ninguém, mas só por isso, acabo magoando. Sempre quis ser diferente, e vejo hoje que isso é um erro, que deveria me aceitar como sou, buscar aprimorar meu ser, sem me perder de quem realmente sou no meio do trajeto.
     Há alguns minutos eu olhei para o espelho e fiquei me encarando. As vezes nem eu reconheço a pessoa que havia em mim. Penso mil vezes em mudar, mas em outras vezes, acredito que seja apenas um momento e que as pessoas têm de me aceitar do jeito que sou. Mas se eu não mudar, não vou me adaptar a milhares de problemas que vão aparecer nos restos dos meus dias. Preciso olhar para o meu próprio umbigo, ver o mundo do jeito que eu quero.
     Hoje eu resolvi mudar por dentro, encarar o fato de que a maneira como eu encaro a vida é que faz toda diferença. Tudo muda, quando você muda. Eu olhei para trás e vi, que agora é hora de mudar. Eu costumava ter medo de mudanças, agora vi que e hora de mudar.
     Não existe borboletas sem metamorfose. Eu não existiria sem mudanças.

- Geissiane Aguiar

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