Eu posso morrer amanhã, eu posso morrer na próxima
semana sem antes completar meu aniversário, eu posso morrer daqui um ano ou
cinquenta anos ou até mesmo setenta. Eu não sei qual vai ser o dia. Na verdade
nem quero saber. A morte passa pelos nossos olhos todos os dias.
Perdemos mais tempo arrumando desculpas do que
vivendo. Perdemos mais tempo adiando do que aceitando a dificuldade. Perdemos
mais tempo explicando a desistência do que enfrentando o sim. A vida é simples,
milagrosamente simples. Nós que a fazemos tão complicada. A esperança é
firmeza. Consiste em seguir adiante mesmo com pânico, mesmo com receio. É ter
fé que a escada vai até algum lugar quando se deu o primeiro passo. O
impossível é apenas o sobrenome do medo. Do medo de viver e aprender coisas
novas. O medo de que amanhã não existamos mais.
Existe um roteiro entre o nascimento e a morte. O
roteiro que se chama ‘Um dia todos se vão’. E ele fala justamente sobre a
dificuldade de ir embora quando se ama alguém. Você não quer sofrer, mas não
quer que a pessoa sofra. Isso é amor. Certa vez ouvi que a morte e a vida se
apaixonaram perdidamente. Então a vida envia incontáveis presentes para a
morte. E ela os guarda para sempre.
Costumo acreditar que tudo vai dar certo no final,
mas eu posso fazer dar certo agora. Posso procurar aquele amigo que não via a
muito tempo, esquecer o rancor daquela pessoa que me causa angústia. Posso
fazer alguém sorrir com um simples elogio. Mas eu não o faço. Por quê? Porque
somos egoístas de mais para experimentarmos sentimentos que não estamos
acostumados a receber.
Hoje eu acordei, com vontade de mandar flores ao
delegado, abraçar todos nas ruas e desejar bom dia para o carrancudo da casa ao
lado. Hoje eu acordei com aquela vontade de adotar um cachorrinho – e o cuidar,
de visitar um lar para idosos ou crianças, de doar meu carinho e minha amizade
a alguém. Hoje eu acordei com vontade de fazer a diferença na vida das pessoas,
porque aí sim, eu vou conseguir fazer a minha vida diferente. Tudo o que eu
preciso esta dentro de mim. Sou eu quem faz meu dia ser melhor. Eu sou dona da
minha própria história onde ninguém mais tem a caneta que escreve. E minha
história precisa ser vivida. E toda história chega a o fim. – Depois de um
final feliz. – ou não.
E quando o dia simplesmente chegar, ah meu amigo.
Que seja um dia, uma semana, um ano ou cinquenta anos. Eu vou ter vivido da
melhor forma que poderia, - ao invés de apenas ter sobrevivido.
Obrigada por ter lido, eu desejo que você tenha um
maravilhoso dia e que coisas boas aconteçam a você. Ah, e não se esqueça de
viver ao invés de apenas so-bre-vi-ver...
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