Bom dia galera! Tudo bem com vocês? Bem, essa semana eu venho apresentar uma autora em seu livro de estréia: Clarice Paes e Amaríssimo. Já fiz um post de apresentação do livro aqui no AMN. Quando recebi o livro do meu amigo Lucio, o devorei em um dia. O sabor amargo e doce de Amaríssimo é muito contagiante. Tive o prazer de trabalhar com a Clarice em participação com uma Revista Literária, e posso dizer aqui, que ela é uma pessoa com grande potencial e já conquistou minha estante. (Ainda tenho lugar reservado para mais um.)
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Onde
você vive e o que faz atualmente?
Eu moro em Barão Geraldo – Campinas, onde
estudo Letras na UNICAMP. Além disso, sou professora de inglês e editora de uma
revista online, lançada agora em janeiro. E, claro, sou escritora! Ou quase
isso, ainda acho a palavra muito forte para me definir....
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Quando
foi que decidiu ser escritora?
Não sei bem quando eu decidi. Comecei a
escrever contos com dois amigos quando tinha 12 anos, e foi uma das melhores
coisas que já fiz! Me divertia muito. Acho que foi aí que eu comecei a sonhar
em escrever um livro, algum dia. Mas nunca me levei muito a sério, apesar de
sempre ter mantido blogs e escrito um pouco aqui e ali. Acabei entrando na
faculdade para estudar artes cênicas (como se isso fosse mais fácil!), mas, por
mais que ame a cênicas, não era o meu lugar. E, com incentivo de muitas pessoas
queridas, eu decidi arriscar; Entrei em Letras, criei “Amaríssimo” e passei a
correr atrás desse meu sonho.
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Conte-nos
um pouco sobre o que fala o Livro Amaríssimo.
“Amaríssimo” é um livro de (des)amores.
São 13 contos, todos com protagonistas mulheres – ou meninas, ou um pouco de
cada- e seus encontros com o amor. Viúvas, primeiros amores, amizades que se
transformam em paixão, ilusões, entregas profundas...Cada conto vê o amor de um
ângulo diferente e é contado com de forma diferente. Tentei não forçar finais
felizes ou punir quem fazia mal, queria algo que passasse a essência do amor,
sem mascarar nada. Escrevi o que mais parecia natural, o que eu sentia que era
verdade.
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Como
surgiu as ideias para escrever "Amaríssimo"?
Eu queria poder responder! Mas não sei de
verdade. Não tenho um processo criativo muito racional. Eu tenho o que chamo de
‘cadernos-rascunho’, que são cadernos onde escrevo sem me preocupar com temas,
coerência, história, nada. Apenas escrevo quando me dá vontade – normalmente
quando estou sentindo algo muito forte - como se fosse um diário, mas não falo
sobre mim mesma exatamente, apenas pego minhas emoções e transfiro para um
cenário onde elas fiquem naturais. Daí vou tirando trechos que, naturalmente,
se juntam numa história. De todos os contos, pouquíssimos foram escritos num
mesmo dia, ou com a história em mente já. Sou fragmentada, escrevo os contos
por partes, sem nem mesmo perceber até que tenha acabado! Mas se começo a
escrever e ‘sinto’ a história, levo ela até o final. No final é isso, as
histórias surgem para mim, eu sinto elas, ao invés de pensar nelas. Acredito
muito no que Humbeto Eco escreveu sobre a intenção do autor ao escrever em
“Interpretação e Superinterpretação”.
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Demorou
quanto tempo para criar todo livro?
Como eu disse, não tenho um processo
criativo muito racional. Sempre escrevi, por necessidade de escrever mesmo, e
os contos acabaram surgindo assim. As histórias apareciam, espontâneas – eu
nunca tenho certeza do que vai acontecer numa história até que eu escreva ela.
Então, fui ‘colecionando’ contos, deixando eles na gaveta, com medo de mostrar
aos outros. Aos poucos fui deixando alguns amigos próximos lerem e fui sendo
incentivada a escrever um livro, mas nunca escrevia nada muito longo. Até que
me perguntaram por quê, ao invés de pensar apenas num romance, eu não publicava
uma coletânea. Gostei da ideia e comecei a reunir os contos. Por não ter
começado a escrever os contos pensando num livro, demorei 4 anos para formar
“Amaríssimo”, tendo escrito “Olhos de Água Doce” em 2008 e “Morre-se um pouco a
cada dia” em 2011; Mas tenho contos anteriores e posteriores a esses dois, mas
que não se enquadravam na proposta desse livro.
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Além
do “Amaríssimo”, você tem outros projetos de livros em mente?
Sim! As ideias acabam surgindo, mesmo
enquanto eu escrevia “Amaríssimo”. Tenho um livro de poesias e outro de contos
a caminho, mas os dois são projetos a longo prazo. (eeeeeeh) Tenho um livro infantil que
precisa ser editado e reeditado e tenho dois romances a serem escritos. Mas por
ora são só ideias e títulos, alguns esboços, escrever é um processo lento para
mim.
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Todo
escritor também é um leitor. Quais sãos seus livros preferidos?
Sou apaixonada por “A Odalisca e O
Elefante”, da Pauline Alphen. Li quando criança e releio todo ano, pelo menos.
É uma história maravilhosa! Na minha lista de releituras ad eternum também
tenho “Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres”, da Clarice Lispector, todos
os livros de Harry Potter e “The Casual Vacancy” da J. K. Rowling, “A Bolsa
Amarela” e “TCHAU” da Lygia Bojunga, “A Disciplina do Amor” da Lygia Fagundes
Telles, “Eu Sou o Mensageiro” e “A Menina que Roubava Livros” do Markus
Suzak...a lista é bem longa.
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Eles
te influenciam de alguma forma como escritora?
Sim e não. Acho o jeito que eles escrevem
maravilhoso e é natural que eu adquira algumas das características que eu mais
gosto de cada um deles, porém eu não faço isso conscientemente. Acho que eu
consegui desenvolver um estilo meu, mas nele eu posso ver elementos desses
livros e autores.
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Se
tivesse que definir o seu livro em uma palavra, qual seria?
(des)amor.
Palavras de Clarice:
“Amaríssimo” é a história de muitas
vidas, vidas pelas quais todos nós passamos, em uma hora ou outra. São
histórias e emoções reais, mesmo que fictícias. Para comprar o livro você pode
entrar em contato comigo, pelo facebook (facebook.com/paes.clarice) ou pelo
e-mail (paes.clarice@gmail.com). Os mesmo endereços também valem para mandar críticas,
sugestões e declarações de amor! Gosto muito de ouvir a opinião dos leitores,
então não se acanhem! Para ver mais dos meus escritos é só entrar em
www.claricepaes.blogspot.com.
Adorei a entrevista. Amei os livros preferidos dela, são muitos dos meus também <3 Beijos, Érika *-*
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