Sorria

Já são tarde. Praticamente nove horas da manhã. Tarde pra mim em um dia de sábado. Geralmente pulo da cama assim que meu irmão acorda, perto das sete horas. Esse friozinho. Estava tão boa a cama quentinha. Meu celular. Desta vez ele não caiu no chão. Milagre. Ele acorda geladinho debaixo da cama. Nossa 5 ligações e 10 mensagens. Será que dormi tanto assim? Eu me assustei. Mensagem da minha mãe: “Bom trabalho, até daqui a pouco”. Ótimo. Acabou de me lembrar de que tenho de trabalhar. O bom é que eu aprendo muita coisa lá. Eu até gosto. Conheço várias pessoas lá. Os meus tipos favorito de pessoas: que jogam vídeo game e que mostra felicidade em qualquer lugar, não importa a hora. Gente do tipo: “sempre quando te vejo ta assim, rindo.” Gente que faz a diferença. Pessoas que quase nunca choram. Ou que choram por dentro. Só pra esconder o que sentem. Pra não deixar outras pessoas tristes por um motivo qualquer. Por causa de medos involuntários. Certa vez, conta grande amigo fofo meu, que aos seus cinco anos de idade, viu uma aranha na escada de sua casa. Ele não descia. Nem falava o motivo. Só chorava.  A aranha já estava morta. Ele continuava chorando. Acho que conseguiu matar a aranha de tanto choro. Desde então, nem se lembra de ter chorado. As lágrimas dele secaram. Deram lugar a um sorriso. Estranho e fofo. Porque você não faz o mesmo? É nas vidas das outras pessoas, que achamos um motivo pra continuar. Sorria. O mundo não precisa saber que você passou a noite chorando.

- Geissiane