17 anos, com uma alma de 23 e caduquices de 50.


Já se passaram 17 anos da minha vida. Tenho saudade da minha infância onde tudo era mais fácil. Queria salvar o planeta como a Sailoor Moon, poder respirar de baixo d’água como o Bob Esponja, viajar pelo mundo como no Pokémon ou entrar em um mundo desconhecido como no Digimon. Sou desastrada, confesso. Posso estar olhando o professor explicar a matéria, mas estou viajando em histórias que invento do nada. E graças a essas histórias hoje estou aqui. Transformando a raiva em rima. A dor em versos e depois, quando for a hora, virar a página. Sem rasgar. Sem queimar. Sem voltar. É do meu livro que estamos falando. Do livro da minha vida. Não dá para passar o tempo todo lamentando por um final feliz que não veio. O jeito, sempre é continuar em frente, sem desistir.
Mas ultimamente, penso bastante em mudanças. Talvez, porque as minhas estejam próximas, e que algumas coisas são necessárias de acontecer para que outras melhores aconteçam. Estou na fase das perguntas, que ainda nem consegui responder. Ainda não sei ao certo, se as pessoas mudam ou elas apenas se revelam. Assim como ainda não sei, não vi e não vivi metade das coisas que meus avós sabem, viram e viveram. Sabe, uma coisa mínima pode mudar sua vida. Num piscar de olhos alguma coisa acontece do nada, quando você menos espera e te coloca num caminho que você nunca planejou e um futuro que você nunca imaginou. Para onde ele vai te levar? É a jornada das nossas vidas, nossa busca pela luz. Mas, às vezes, para encontrar a luz você tem que passar pela mais profunda escuridão.
Essa deveria ser a 17ª crônica, mas já é a 30ª. Nada deve ser planejado. Tudo isso é em vão. Não acredito nessa divisão de tempo em idade que inventaram, e nem acho que fazer aniversário é uma coisa tão importante na minha vida que mereça algum tipo de preocupação. Muito menos um texto. 
Tenho um monte de coisas pra contar, mas aprendi num livro que quando a gente realmente se importa, precisamos ir devagarzinho. Para não assustar. Você tem que me descobrir, por isso, não quero que saiba de tudo. Aliás, incógnitas fazem parte da vida.
Quero que os 17 anos sejam algo inesquecível e simplesmente maravilhoso. E para isso eu preciso superar. É a história mais antiga do mundo. Um dia você tem 17 anos e está planejando o futuro. E então, sem você perceber o futuro é hoje. E então, o futuro foi ontem. E assim é a sua vida. Meu destino é incerto, não acredito que já esteja pronto, escrito ou algo do tipo. Minhas escolhas farão o meu destino, farão o meu futuro. Quero ser surpreendida pela vida. Quero ser feliz.

17 anos, com uma alma de 23 e caduquices de 50.

   Cheers for me – Sk’

2 comentários

  1. Parabéns sua linda e maravilhosa melhor escritora do mundo! Você merece

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